Quantas vezes você já se pegou insistindo por atenção, esperando uma mensagem que não vem, interpretando migalhas como sinais de afeto? Infelizmente, muitas pessoas caem na armadilha de mendigar amor – um amor que, muitas vezes, sequer existe. E o mais triste é que, nessa busca desesperada por ser amado, elas se esquecem de amar a si mesmas.
Mendigar amor é aceitar menos do que se merece. É tentar se encaixar na vida de alguém que claramente não faz esforço para te manter por perto. É justificar ausências, desculpar frieza, inventar desculpas para atitudes injustificáveis. É se anular pouco a pouco, acreditando que, se você for “bom o suficiente”, talvez consiga convencer alguém a te amar.
Mas aqui vai uma verdade dura e libertadora: amor não se implora. Amor se compartilha. E quando ele precisa ser pedido, forçado ou implorado, já deixou de ser amor – virou dependência emocional, carência ou medo da solidão.
Você se escolhe ou se abandona?
Se escolher é um ato diário de coragem. É entender que o amor-próprio não é egoísmo, mas uma necessidade vital. Quando você se escolhe, você impõe limites, não aceita o mínimo e entende que a presença de alguém na sua vida deve somar – não sugar.
Pessoas que se escolhem não aceitam ser plano B. Elas não ficam em relacionamentos onde só uma parte se esforça. Elas entendem que reciprocidade é a base de qualquer relação saudável. E, principalmente, sabem que estar sozinho é infinitamente melhor do que estar mal acompanhado.
Muitas vezes, o medo de perder alguém nos faz perder a nós mesmos. Passamos a viver em função do outro, esperando o reconhecimento que nunca vem. E, nesse processo, nos esquecemos de que o nosso valor não está no quanto alguém nos ama, mas no quanto nós nos amamos.
A raiz do problema: a insegurança
A insegurança é a grande vilã das relações desequilibradas. Quando não nos sentimos bons o suficiente, buscamos validação externa. Queremos provar, a todo custo, que merecemos ser amados. E é aí que começam os esforços unilaterais, os excessos, as concessões absurdas.
Você não precisa provar nada a ninguém. Quem não reconhece o seu valor, mesmo com tudo que você oferece, está mostrando que não está pronto – ou disposto – a te amar da forma que você merece.
Não aceite migalhas
Migalha não alimenta. No máximo, engana a fome por um tempo. Não aceite respostas secas, presenças inconsistentes, afetos intermitentes. Você merece uma presença inteira, um amor completo, um carinho que não seja condicionado ao seu esforço em agradar.
Quem te ama de verdade não faz você se questionar o tempo todo. O amor verdadeiro é leve, claro e recíproco. Ele não deixa dúvidas. Ele acolhe, fortalece e soma.
Aprenda a se escolher
Se escolher é não responder a mensagens que vêm apenas por conveniência. É não correr atrás de quem te trata com frieza com garota com local. É sair de um relacionamento onde só você se doa. É entender que você não precisa convencer ninguém do seu valor.
A pessoa certa vai enxergar isso de forma natural. Você não vai precisar se diminuir, se moldar, se explicar demais. Ela vai gostar de você pelo que você é – e não pelo que você faz para ser aceita.
Escolher-se é cuidar da sua saúde emocional. É dizer “não” a tudo que te machuca, mesmo que o coração ainda insista. É saber que amor-próprio não é um sentimento fixo, mas uma escolha diária, feita com coragem e consciência.
Conclusão: o amor começa em você
Antes de querer ser amado, aprenda a se amar. Antes de procurar alguém para preencher seus vazios, preencha-se com presença, com autocuidado, com respeito. Você é suficiente. Você merece mais do que migalhas.
Merece um amor que te olhe como você merece ser olhada: com admiração, com verdade, com inteireza.
Não mendigue amor. Escolha-se. E, ao se escolher, você atrairá tudo o que for verdadeiro.